Ao longo deste período, lemos vários livros da autoria de António Mota. A leitura dos mesmos proporcionou-nos momentos divertidos e fez-nos sonhar.
Gostámos particularmente da leitura do primeiro livro deste autor "A Aldeia das Flores" porque nos transmitiu uma mensagem muito importante: devemos cuidar do nosso Património Natural e do último livro "Primeiro dia de escola" por retratar um pouco o que todos nós sentimos no nosso primeiro dia de escola e era engraçado.
Elaborámos os resumos destes livros e fizemos uns desenhos alusivos às histórias. Escolhemos os do nosso colega José Tojal para acompanhar os textos que elaborámos.
Construímos uma banda desenhada baseada na história "O galo da Velha Luciana". Gostaríamos de partilhar também estes trabalhos com os nossos colegas.
Beijinhos dos alunos do 3º e 4º anos de Cambra
Gostámos particularmente da leitura do primeiro livro deste autor "A Aldeia das Flores" porque nos transmitiu uma mensagem muito importante: devemos cuidar do nosso Património Natural e do último livro "Primeiro dia de escola" por retratar um pouco o que todos nós sentimos no nosso primeiro dia de escola e era engraçado.
Elaborámos os resumos destes livros e fizemos uns desenhos alusivos às histórias. Escolhemos os do nosso colega José Tojal para acompanhar os textos que elaborámos.
Construímos uma banda desenhada baseada na história "O galo da Velha Luciana". Gostaríamos de partilhar também estes trabalhos com os nossos colegas.
Beijinhos dos alunos do 3º e 4º anos de Cambra
A Aldeia das
Flores
A
Aldeia das Flores era uma pequena aldeia antiga.
Ninguém sabia
porque é que essa aldeia se chamava assim. Talvez fosse por que a maioria das
pessoas colocava vasos ao pé das portas e das janelas ou, porque havia muitas
árvores que floresciam na primavera.
A escola primária
da aldeia das Flores ficava na Bouça das Giestas, era já muito velhinha. Quem ensinava
era a dona Maria, que era professora naquela escola há mais de trinta anos.
Certo dia, a dona
Maria anunciou, aos seus alunos, que no próximo ano já não daria aulas naquela
escola, pois ia reformar-se. Os habitantes da aldeia achavam que era impossível
substituí-la, pois esta fora sempre muito amiga dos meninos. Estes estavam
curiosos para saber como era a nova professora.
No primeiro
dia de setembro, os habitantes da aldeia, estavam todos reunidos no largo a
conversar. O senhor Jerónimo lia o jornal e alertou que uma fábrica nova iria
abrir brevemente na vila. Alguns habitantes gostaram de ver no jornal o nome da
sua aldeia e do seu rio e outros até tinham esperança de arranjar trabalho na
fábrica.
Entretanto,
chegou o táxi do senhor Zé com um homem que ninguém conhecia, carregado de
malas. Todos ficaram curiosos.
O senhor
dirigiu-se às pessoas, perguntando se ali era a Aldeia das Flores e
apresentou-se como sendo o senhor Miranda, o novo professor da escola daquela
aldeia.
O professor
Miranda pretendia ficar a viver na Aldeia das Flores. O senhor Jerónimo
lembrou-se que a senhora Juliana e o Ti Carvalheira tinham uma pequena casa
onde o professor poderia morar. O casal aceitou-o como inquilino.
As crianças
correram a avisar os companheiros, que estavam nas pastagens, que tinha chegado
o professor novo.
No primeiro
dia de aulas, os alunos estavam ansiosos para conhecê-lo. Passado algum tempo,
as pessoas comentavam que o professor era amigo das crianças.
Um dia, a meio
da noite, dois habitantes foram ao moinho e repararam que a luz da casa do
professor Miranda estava acesa, quando voltaram constataram que a mesma ainda
continuava assim e ficaram intrigados. O Tónio era quem mais se mostrava
interessado em descobrir aquele mistério.
Um dia, o Tónio ganhou coragem e
perguntou ao professor porque é que todas as noites tinha a luz acesa até muito
tarde e este convidou-o a ir a sua casa descobrir o grande mistério. Nesse
mesmo dia, no fim de jantar, o Tónio arranjou uma desculpa dizendo à mãe que o
professor precisava de falar com ele e dirigiu-se à casa do mesmo, ansioso por
descobrir o segredo.
Já,
em casa do professor, ao chegar ao quarto, ficou espantado com tanta coisa
maravilhosa: quadros e desenhos nas paredes e muitos livros por todo o lado. O
que ele mais admirou foi um quadro de um barco com velas brancas. Estupefacto
com tanta maravilha, o Tónio até se esqueceu do motivo da visita ao professor.
Acordando-o do seu devaneio, o professor perguntou-lhe se ele já tinha
descoberto o grande mistério.
Como o Tónio
ainda não tinha descoberto o mistério, o professor ajudou-o a desvendá-lo,
dizendo-lhe que gostava muito de ler e escrever histórias e que o fazia à noite,
o seu único tempo livre. Pasmado, o Tónio não imaginava que o seu professor
pudesse ser escritor. Perguntou-lhe se um livro demorava muito tempo a fazer. O
professor Miranda, para explicar o quão morosa era essa tarefa, fez uma
comparação com o cultivo do milho: lavrar, gradar, semear, sachar, arrendar,
regar. Depois de toda aquela conversa, propôs que o Tónio levasse um livro para
ler.
Assim
que chegou a casa, o menino leu à sua mãe as histórias todas do livro que o
professor lhe emprestou.
Ao
fundo da aldeia, havia um rio de águas clarinhas onde os pescadores adoravam
pescar belas trutas. Uma dessas trutas foi batizada com o nome de «truta
finória», pois nenhum pescador a conseguia apanhar. Um dia, as pessoas da
Aldeia das Flores decidiram fazer um concurso: o pescador que conseguisse
apanhar a truta finória ganharia, como prémio, uma taça.
Num
domingo de abril, os habitantes, sentados no largo da aldeia, falavam de um
assunto diferente, a abertura da nova fábrica na vila que iria dar emprego a
muitas pessoas.
Passado
algum tempo, os pescadores começaram a ficar arreliados porque constataram que
a água do rio estava a ficar poluída e em consequência, as trutas iam desaparecendo.
A bela «truta finória» não parecia a mesma, já não fugia, estava doente.
Na
escola da aldeia, os meninos falaram deste assunto. Uma das alunas, a Clara,
propôs que apanhassem a truta e a colocassem no seu tanque, que era grande e
estava sempre cheio de água clarinha, e assim fizeram.
Todos
os dias, nas aulas, os amigos perguntavam pela truta finória. Dias depois, a
Clara chegou à escola muito desanimada e anunciou aos seus amigos que a truta
finória tinha morrido. Todos ficaram muito tristes e também zangados. Então
tomaram uma decisão: ir falar com o dono da fábrica nova, ficou combinado que
seria a Clara que iria falar com o chefe superior que a recebeu com carinho.
A Clara expôs
o problema do rio das Flores e o senhor ouviu-a com atenção mas, por fim,
aconselhou-a ir falar com o presidente da Câmara da Vila. No domingo à tarde, esta
e os seus amigos foram ao Flores-Café onde o presidente tomava café. O senhor
presidente ficou admirado com todos aqueles meninos que queriam falar com ele.
Depois de ouvir as crianças, este disse que o problema podia ser resolvido pelo
dono da fábrica, ao que a Clara, entristecida, respondeu que já tinha falado
com o chefe superior. O senhor presidente ficou atrapalhado e proferiu, que
sozinho, pouco podia fazer mas, prometeu tentar ajudá-los com o problema.
No
entanto, nunca obtiveram nenhuma resposta.
Um
dia, as pessoas reuniram-se para falar naquele assunto, o senhor Jerónimo
propôs com tristeza, que a partir daquela data, a terra se passasse a chamar “Aldeia
das Flores Doentes”.
O
primeiro dia de escola
A Inês vai ter
o seu primeiro dia de escola. Uma semana antes desse grande dia, ela estava
muito irrequieta e não parava de fazer perguntas sobre a escola ao seu irmão
António, que é o narrador desta história. Ele inventava respostas estranhas.
Num
desses dias, a Inês perguntou se a comida era boa, o António respondeu que a
comida da cantina era deliciosa e que era servida em pratos comestíveis. Ela
questionou o que significava “comestíveis”. Ele retorquiu que os pratos também
se comiam. Então, ela quis saber a que sabiam os pratos e o António disse-lhe
que sabiam a chocolate, a mortadela, a chouriço, arroz doce e a gelatina de morango.
Também lhe falou de formigas fritas com pimenta, o que fez a Inês arregalar os
olhos de admiração, ela nunca tinha comido coisa tão nojenta.
Na
véspera do primeiro dia de escola, o avô Júlio e o seu cão Fiel jantaram em
casa do António e da Inês. Antes do jantar, o avô começou a lembrar-se do seu
primeiro dia de aulas, o seu pensamento voou para as suas lembranças de escola.
Nesse dia, estava ansioso e com muito medo, começou a choramingar. A sua avó,
que o acompanhava à escola, acalmou-o. Enquanto caminhavam, a avó, deu-lhe
alguns conselhos: não andar à pancada, estar com atenção nas aulas e não atirar
comida ao lixo.
Na
sala de aula, Júlio descobriu, que na carteira ao seu lado, tinha um menino
muito pobre, que nem um lápis de cor tinha e que estava sempre com a mão no
bolso das calças a mexer num objeto que lá estava escondido. Muito curioso,
Júlio perguntou- -lhe o que é que ele
estava a esconder e o menino não revelou o seu segredo.
No
recreio, Júlio descobriu que o objeto secreto que o colega Aires trazia no
bolso era uma chupeta, pois deixou-a cair junto aos seus pés. Júlio apanhou a
chupeta rapidamente e entregou-a ao seu colega Aires, prometendo-lhe guardar o
seu segredo. A partir daquele dia, o Aires largou a chupeta e as duas crianças
ficaram muito amigas.
Depois
de ouvir a história do primeiro dia de aulas do seu avô, a Inês, compreendeu
que a escola não era um sítio assustador.
O avô Júlio
acompanhará a sua neta Inês e o seu irmão António à escola, porque os seus pais
estarão a trabalhar.
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