Com a aproximação do Natal, a BE promoveu um concurso de escrita “O Pai Natal é notícia”, desafiando os alunos a imaginarem a situação insólita em que o Pai Natal esteve envolvido e a escreverem uma notícia sobre isso, a ser publicada no jornal diário com maior tiragem no país, ou a relatarem a conferência de imprensa que convocou para falar sobre esse assunto. Foram admitidos 19 trabalhos a concurso, 16 do 1º ciclo, 8 da escola sede e 8 da escola de Mogueirães, e 3 do 2º ciclo. A maioria dos trabalhos são de bastante qualidade, pela originalidade do assunto e pela correção linguística, por isso não foi fácil escolher os vencedores. Mas foi preciso escolher. Eis, então os vencedores:
Do 1º ciclo, na categoria de notícia, foi selecionado o trabalho do aluno do 4º ano de Campia, Samuel Teixeira, intitulado “O acidente na fábrica do Pai Natal” e, na categoria de conferência de imprensa, o trabalho da Mariana Simões, aluna do 4º ano de Mogueirães, intitulado “Entrevista de última hora”. Do 2º ciclo, foi selecionada a notícia elaborada pelos alunos do 5ºB, “Pai Natal vai ao circo” e, na categoria de conferência de imprensa, saiu vencedora a Marta Oliveira, aluna do 6ºA, que escreveu o texto “O Pai Natal é notícia…”. Eis os textos vencedores:
O acidente na fábrica do Pai Natal
No dia um de novembro, de dois mil e onze, ocorreu um acidente, na fábrica do Pai Natal, no pólo norte.
Este acidente, foi preparado por um cientista louco, que vivia na Dinamarca e era conhecido como “o cientista Exlosex”. Media um metro e vinte e oito centímetros, era atarracado, com pés gigantescos e mal cheirosos, nariz enorme, olhos esbugalhados, orelhas bicudas e cabelo espetado.
Este cientista trabalhava numa indústria química, estando habituado a lidar com produtos químicos, conhecendo todas as fórmulas químicas e, por isso, decidiu elaborar um plano maléfico para destruir a fábrica de brinquedos do Pai Natal, atrasando a entrega dos brinquedos e as crianças pensarem que o Pai Natal não existe.
Numa noite, o Explosex preparou uma mistura chamada “cloridim”, feita à base de: marfim, baba de camelo, cebola, cloro, sangue de vampiro, estômago de zombies e miolos de macaco. O resultado foi uma bomba terrível capaz de destruir uma fábrica inteira. Para conseguir entrar na fábrica, fez também um pó mágico para adormecer os duendes que eram seguranças lá.
Quando entrou, lançou o pó sobre os duendes que caíram instantaneamente e dirigiu-se para a máquina principal. Colocou o Cloridim junto ao motor dela, com um cronómetro e saiu de lá rapidamente.
Passado cinco minutos, o Pai Natal, que estava a descansar na sua casa ao lado, ouviu um grande estrondo, caindo da cama. Levantou-se apressadamente e quando chegou ao exterior, viu os duendes inconscientes e grande parte da fábrica destruída.
Muito preocupado e desiludido, pois o Natal estava próximo, chamou os duendes bombeiros e os polícias para controlarem a situação.
Com a sua magia, consertou a máquina, reparou a fábrica e recomeçou o fabrico dos brinquedos.
Os duendes polícias conseguiram capturar o Explosex, que foi enviado para uma prisão de gelo que existia no pólo norte, para o resto da vida.
Nome: Samuel Teixeira - Nº: 16 - Ano: 4º - Escola Básica Integrada de Campia
Entrevista de última hora
Embora o Pai Natal seja tímido decidiu enfrentar as câmaras, convocando uma entrevista para explicar ao país o seu desagrado com os apertos das chaminés.
Jornalista – Boa noite. Estamos aqui em direto da casa do Pai Natal no Pólo Norte, na tentativa de perceber o porquê de o Pai Natal estar descontente. Pai Natal, como sabe em Portugal estamos a apertar em tudo. Acha bem também terem apertado as chaminés?
Pai Natal – Não concordo com as chaminés apertadas, pois assim não consigo passar nelas. Já olhou para a minha barriga? E o tamanho do saco dos presentes?
Jornalista – Sim, mas não concorda que também as crianças tenham que fazer sacrifícios?
Pai Natal – Desculpe mas não concordo nem nunca concordarei com isso. Sempre deixei os presentes nos sapatinhos e quero continuar a fazê-lo.
Jornalista – Compreendo Pai Natal, mas não passando nas chaminés o que tenciona fazer?
Pai Natal – Terei de fazer eu sacrifício e fazer dieta até conseguir passar pelas chaminés.
Jornalista – Obrigado Pai Natal.
Como podemos ver pela conversa com o Pai Natal mesmo com apertos das chaminés os presentes vão continuar a aparecer ao pé dos sapatinhos.
Mariana Lopes Simões / 4º ano
RENA DESAPARECIDA
Pai Natal vai ao circo
Aquando da preparação do trenó para a distribuição dos presentes, o Pai Natal verificou que a sua rena Rodolfo, conhecida pelo seu nariz luminoso e por ser a guia do grupo de renas voadoras, desaparecera.
Perante o facto, decidiu ir procurá-la nos locais mais prováveis, primeiro no jardim zoológico, depois no circo, mas foi uma busca em vão, pois as crianças ao verem aquela figura natalícia, saltaram-lhe para o colo, pedindo prendas, o que levou à fuga do Pai Natal, do local, evitando ser sufocado com tamanho entusiasmo.
Rodolfo, entretanto, voltou para casa, acompanhado de uma namorada de nariz azul.
Trabalho realizado por alunos do 5º ano/turma B: Ana Catarina Vaz, Ana Filipa Duarte, Bruno Almeida, Diogo Pereira, Eduardo Fernandes, Felícia Amorim, Hugo Lopes, Jéssica Simões
O Pai Natal é notícia…
O NATAL está mesmo, mesmo… à porta.
Quem havia de dizer que até o Pai Natal lá na Lapónia andava muito preocupado?!...
Como estamos numa época de crise, também o Pai Natal não tem dinheiro para comprar presentes para todas as crianças.
Numa breve visita a Portugal, decidiu pedir a realização de uma conferência de imprensa, exigindo que a anunciassem a todo o país.
A conferência foi marcada para o dia 2 de dezembro, pela 10 horas da manhã, numa pequena sala de uma loja da Rua do Ouro, em Lisboa.
Com tudo já planeado, o Pai Natal não deixou de informar o Sr. Presidente da Câmara de Lisboa para a realização desse seu nobre e importante ato de comunicar as suas preocupações aos portugueses. Claro que o Sr. Presidente deu toda a autorização e com muito prazer esteve também presente.
Fui eu a escolhida para representar o canal da TVI nessa conferência de imprensa. Sou Marta Oliveira, uma repórter da TVI muito experiente e já muitos me conhecem.
O dia 2 de dezembro começou bem cedo… Toda a equipa se preparou para o original acontecimento… O Pai Natal estava a caminho de Lisboa e o país mostrava-se ansioso… Levei comigo o meu gravador, o bloco e caneta para alguma emergência… Acompanhou-me o Afonso, o “câmara” e os seus assistentes… Todos estávamos nervosos, pois íamos entrar em emissão direta para a televisão.
Chegamos à hora permitida para os jornalistas. Eram 9 horas e 30 minutos. O Pai Natal já estava sentado no seu cadeirão vermelho, na sala combinada.
Surgiu uma oportunidade e dirigi-me, diretamente, ao Pai Natal. Não resisti e coloquei-lhe uma questão.
- Bom dia, Pai Natal, esta vinda a Portugal é porque….?
Não me deixaram acabar… mas o Pai Natal não deixou mais de me fixar…
Sentei-me na fila da frente, pois dali podia mais facilmente colocar as minhas dúvidas, realizar o meu trabalho…
A conferência de imprensa começou. O PAI NATAL anuncia:
“BOM DIA!
Como todos sabem, estamos numa época difícil. Tenho pensado, pensado… mas não encontro soluções para conseguir comprar todos os presentes necessários para o 25 de dezembro. Mesmo os meus amigos duendes não têm tido sossego, pois não podem dedicar-se a reunir e a construir as tão requisitadas prendas de Natal 2011.”
Impulsiva como sou, não consegui calar-me e interrompi…
- Pai Natal, S. Nicolau – gaguejei – tenho uma ideia muito simples… Por que não pedir a cada uma das famílias 2€ para que possamos ter os presentes suficientes?
- Desculpe menina Marta, mas não sei se todos vão concordar, devíamos arranjar outra solução. – discordou o Pai Natal, e eu boquiaberta sem compreender como saberia S. Nicolau o meu nome… E continuou:
“Então… quero informá-los do seguinte: a ideia melhor que eu e os meus duendes encontramos foi…”
- Diga, diga… PAI NATAL! – precipitei-me eu outra vez.
“Este momento é para todos me ouvirem! ATENÇÃO!
Todas as famílias, TODAS as FAMÍLIAS vão mandar pelos CTT uma caixa com material reciclável, como por exemplo cartão, papel, metal, vidro, plástico… e assim eu e os meus duendes passamos a construir os presentes de Natal. IMAGINAÇÃO não nos falta”!
- Ótima ideia, Pai Natal! A TVI também vai participar nesse ato de reciclagem, melhor… nesse ato de SOLIDARIEDADE! – acrescentei eu.
- Ainda bem que concordas, Marta! – sussurrou-me quase ao ouvido.
“Agora vou anunciar-vos a minha morada. Escrevam, por favor:
Rua do Pai Natal, LAPÓNIA – Finlândia
2011-025 Península Escandinava
No dia seguinte…
O Pai Natal tinha a sua caixa do correio cheia…
No dia 4 de dezembro… ainda tinha mais e mais caixas.
Nos dias 5, 6, 7… as encomendas eram TANTAS, mas TANTAS… que os duendes já nem conseguiam dormir… Nasciam maravilhosos e coloridos brinquedo, como nunca tinha havido nos últimos anos. Havia barbies, carros, jogos incríveis feitos… ADIVINHEM… de plástico, televisores antigos, varinhas mágicas…
Já só faltava fazer os embrulhos…
Bateram as 24 badaladas do dia 25 de dezembro…
Tudo estava sereno…
Só o Pai Natal percorria as chaminés de todas as casas das cidades, vilas, aldeias e lugarejos…
Afinal, o Pai Natal não se esqueceu de todos NÓS.
Marta Oliveira – 6ºB
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